domingo, 4 de janeiro de 2009

O Sentido da Vida

Mais um dia brota. E eu acordo com ele. Com a sensação de não saber o que me espera. Vivo cada dia como se fosse único. Porque quem sabe o que vem pela frente? Posso viver até os 100 anos de idade, mas posso, em um piscar de olhos, não fazer  mais parte desse mundo louco.  E duvido que alguém, por mais são que seja, não pense a mesma coisa.

Viver é se atirar em um mar revolto, sem muita segurança ou certeza, remamos. Rumo ao finito de nossas vidas. Impomos metas, sonhos, quereres às vezes impossíveis. O ser humano é um sonhador. Cheio de erros, acertos, falhas e sucessos. Não sabemos o que queremos ser, nem muito menos para quem e por que devemos ser. Sonhamos encontrar um dia alguém que compartilhará nossas esperanças conosco. As esperanças de uma vida que um dia se acabará.

Toda mulher sonha em ter filhos, gerar no ventre um ser único. Com seu jeito, sua boca, seus olhos, seus cabelos...Alguém que dará sentido ao sentido que é viver. Alguém que nos acordará, completamente dependente de alimento que o faça continuar a viver. E vive. E cresce. E resplandesce. E surge lindo, com as mesmas dúvidas. Viver!  Para quê? Por que estar aqui? Deve cumprir metas ou simplesmente deixar acontecer?

Todo pai sonha para o filho um futuro brilhante, com sucesso pessoal e profissional. Sonha que seus filhos um dia terão filhos e que deles brote a semente do querer ser. Porque sempre queremos para os nossos filhos algo que não conquistamos. Que eles cumpram um destino almejado por ambos. Pai e mãe. Ídolos até o fim da vida. Que sim, um dia termina.

E por que estamos aqui? Qual o verdadeiro sentido da vida? Entre encontros e desencontros nos conformamos. Porque estamos aqui e não temos como fugir. O objetivo é desconhecido, mas vivemos. Vivemos para nos conformar. Saber que um dia iremos encontrar algo para nos confortar. Seja um belo desempenho no trabalho, uma família constituída, filhos que brincam no jardim e um dia se tornarão seres questionadores. Vivemos e aprendemos. A ser.

Porque temos que ser. E somos. Sabe-se lá o que.

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