segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um nome para chamar de meu

Tô quebrando a cabeça para encontrar um nome super-mega-blaster para a consultoria dos sonhos! Sim, eu bati pé, esperneei e falei: "sem um nome bom nenhum negócio vai ter sucesso", pronto, me ferrei! Quem mandou fazer bico?

E eu que achava que o mais difícil mesmo era idealizar o negócio...Até agora a oferta de serviços tem se mostrado bastante contudente, com gente se interessando até! Mas aí vem a parte do bendito nome, que quase arranquei as roupas alheias me atracando com unhas e dentes para convencer que é sim MUITO importante! Oh god! Entre mortos e feridos salvaram-se todos...Menos eu...(heim? Como os mortos podem se salvar? Que ditadinho contraditório...Mas isso fica para o próximo post...) .

Cada nome muito "original" que penso já existe. Que tal...Result? Expert? Expertise? Atual? Ação? Inove? Tá bom, I9 então? Cacilda, ou já existe ou tem parecido...não queria sigla...siglas não dizem nada para quem é uma "marketeira" que quer um significado subliminar em tudo que existir...o sócio não quer nome "in english", ufanista até dizer chega...Brasil meu Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro! Post Scriptum adiantado: Em tempo, não poderia deixar de contribuir com meus amigos twitteiros...#forasarney!

Num desses desatinos desesperados pensei até em chamar de C2 consultoria, iniciais dos dois sócios e pasmem, já existe! Cáspita! E se não colocar o número 2 e repetir a letra C? Repeti em voz alta algumas vezes e percebi que pegaria meio mal, uma consultoria CC imagina-se que não cheire muito bem...E se fosse C²? Hum, interessante...mas imagina atender a uma ligação? "Cê-ao-quadrado-boa-tarde-em-que-posso-ajudá-lo? Adeus cliente, foi bom ouvir seu alô do outro lado da linha...

Tentei em italiano, já que em inglês não pode e as raízes da árvore genealógica permitem, não seria nenhum crime, não é mesmo? Então surgiram: Pensare, Innovare, Personare, Imaginare...tudo já existe! Não apelei pra Mona Lisa nem Da Vinci, seria escancarado demais e o Registro.br também não permitiria, nem muito menos o INPI. E também não diria muita coisa. Imaginem a "Consultoria da Mona Lisa". Iam achar que vendo quadros estonteantes ou escovas progressivas. Não, definitivamente esse não é o meu business (que meu sócio não me pegue falando em inglês!).

"Oh cérebro carente de idéias geniais, poderias tu abrir teu lado direito outrora explorado tão conveniententemente e me invadir de nomes jamais pensados pelos donos de consultoria?". Não né? Só porque fiz bico você não quer colaborar...Ok, ok...eu hei de burlar essa auto-sabotagem...me aguarde meu querido...ah me aguarde...no meu próximo post eu prometo, irei lhe pegar de jeito! Ah se vou!







sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mito - Inspirado por Michael Jackson

Com a morte de Michael Jackson e a verdadeira comoção mundial que ela trouxe, discorro sobre a importância de um mito na sociedade.

Nós, reles mortais, nascemos, crescemos, envelhecemos e sabemos que um dia iremos morrer completamente anônimos, com alguns gatos pingados participando de nosso enterro. Sem mídia, sem holofotes, descansaremos em paz. Talvez com algumas pequenas fofocas maldosas de quem poderíamos ter sido ou o que poderíamos ter feito a mais. Nada que ganhe 24 horas de transmissão mundial ou a primeira página de um jornal.

Faremos nossas ações de caridade em momentos de compaixão e no quanto nossos bolsos e corações permitirem. Seja doando dinheiro para velhinhos, crianças ou deficientes no sinal de trânsito, ou contribuindo timidamente com algumas instituições, através da doação de comida, agasalho e brinquedos. Não seremos prêmio Nobel da Paz, nem destaque em ações contra a fome na África ou no Sertão brasileiro por causa disso. Nossa parte é computada como a de qualquer cidadão comum, sem glórias, contando apenas com a consciência do que cada um deve fazer para melhorar a rua, bairro, ou no máximo, a cidade.

Não nos envolvemos em grandes escândalos, mesmo que muitas de nossas atitudes sejam escandolasas e pudessem estampar a primeira página do Globo ou do New York Times. Ninguém segue nossas tendências de nos vestir, no nosso jeito de escovar os dentes, se usamos escovas comuns ou elétricas. Ninguém se importa se saímos com uma roupa completamente descombinada, sem maquiagem ou com as unhas por fazer. Fazemos inúmeras plásticas para melhorar (?) nossas aparências, mas elas só são comentadas em mesas de bar, num círculo particular de amigos que nos detonam ou nos elogiam.

Curtimos nossa infância, brincamos de amarelinha, videogame e bola de gude, e somos imensamente felizes com isso. Fomos adolescentes rebeldes, brigamos com nossos familiares e, pasmem, isso nunca virou notícia. Nos tornamos engenheiros, publicitários, advogados, médicos, vendedores. Casamos, separamos, temos filhos de outros casamentos, mas nenhuma rádio noticia com quem ficarão as crianças caso o pai ou mãe faleçam inesperadamente.

Somos normais. Se é que esse termo pode ser aplicado corretamente. Vivemos nossas felicidades e infelicidades sem que o mundo inteiro nos cobre o porquê de estarmos nos sentindo daquele jeito. Temos a paz de sermos nós mesmos, sem medo ou receio de sermos julgados por qualquer pessoa que a gente esbarre na esquina.

Mas também...não somos agraciados e beijados por desconhecidos, ninguém grita nosso nome num estádio de futebol em uníssono junto a cento e tantas mil pessoas. Ninguém nos pára na rua para dizer como amou a campanha que criamos ou o processo que ganhamos nem a venda que fizemos, que valeu 30.000 reais e tirou a empresa do sufoco.

Mesmo assim, como no início dos tempos, o mundo precisa de um mito, ou de um mártir, que vá nos inspirar a sermos melhores, um espelho de quem gostaríamos de ser, mesmo sabendo que eles são pessoas comuns, completamente imperfeitos. O mito é um grande vencedor nesse mundo cheio de hipocrisias, preconceitos e julgamentos. Vive uma vida exposta, muitas vezes infeliz com o simples e único objetivo de inspirar os outros, mesmo que muitos abusem do direito de receber essa inspiração.

Eu tenho pena dos mitos, tenho pena da vida de sacrifícios que vivem para nos deleitar, nos fazer cantar suas canções ou assitir seus premiados filmes.

Não sou nem nunca fui uma fã do Michael Jackson, mas sua trajetória de vida me tocou. Independentemente dos boatos ou verdades sobre o que fez ou deixou de fazer. Eu tenho pena. Será que a fama vale esse preço?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ingratidão

Eu fico pasma quando vejo do que o ser humano é capaz. Não sei se me envergonho por fazer parte da mesma espécie, se penso que são apenas mutações fruto de uma experiência realizada por fanáticos cientistas de um filme de ficção científica que se escondem em laboratórios plantando chips tortuosos em alguns infelize (ui!) ou se, sei lá, a vida é assim mesmo e até hoje eu não tinha me dado conta disso.

Não me considero ingênua, mas até o último segundo da minha vida queria continuar acreditando no SER humano. Acreditar que por trás de um ato não aprovado existe uma alma cheia de luz, que apenas erra, não é perfeita, quem é, afinal? Mas sabe, desculpem o vocabulário, mas tá FODA de continuar acreditando nisso... A máxima que diz que "quanto mais conheço o homem mais gosto do meu cachorro" vem se tornando uma verdade nessa curta existência da qual tenho sorte (?) de participar.

E o tema de hoje infelizmente é...que soem as trombetas! Ingratidão.

A maioria das pessoas que fazem o bem não esperam nada em troca. Não querem um dia receber uma medalha nem mesmo uma faixa ou título de honra ao mérito. Ninguém almeja atravessar um tapete vermelho em meio a aplausos e gritos de "and the winner is...". Sai dessa! Não é isso que quem faz o bem quer. Na maioria das vezes não se quer nada em troca. Só um abraço apertado, um aperto de mão, um beijo no rosto. Ninguém quer dinheiro ou glórias, ou que digam "olha, sabe quem fez isso por mim? Foi fulano!!". Não. Aquele abraço, mesmo que desajeitado, tímido, basta.

O problema acontece quando não há abraço, não há beijo na bochecha, nem mesmo um encostar de mãos. Quando o que resta é indiferença, egoismo, soberba...quando isso acontece, a alma mais pura, por mais evoluída que possa ser, perde o chão, fica desorientada.

Ninguém quer um tapete vermelho, mas se existe um tapete, não puxe, por favor. Seja ele preto, branco, malhado, de oncinha, ou da moda, se existe um tapete, não puxe. Não desacredite o que há de mais puro na existência, o SER humano. Não existe perfeição, todo mundo sabe, mas não transforme em decepção atos de amor. Não chafurde na lama sentimentos puros de amizade, não despreze quem sempre te ajudou.

A ingratidão pode ser uma palavra apenas criada por nós, SERES humanos. Mas se as palavras têm tanta força quanto acreditamos que têm, não mande indiretas, e-mails. Converse. Dispa-se de sua máscara, encoraja-se, dê a cara a tapa, assuma suas fraquezas. Talvez você não esteja preparado para ouvir, mas será que algum dia esteve? Será que você merecia o bem que recebeu?

Assuma suas imperfeições, não é feio, feio é fingir que nunca recebeu nada de bom, é ignorar e desfazer de todas as conquistas que obteve graças a um...amigo. Como estaria você se essa pessoa não existisse na sua vida? Já pensou?

Acorde. Procure enxergar, se não usa óculos passe a usar. Sempre há tempo de consertar um erro. Errar é humano. Persistir no erro...é burrice. Salve-se enquanto há tempo!