quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um nome para chamar de meu - veredito final

É, não deu...fui completa e vergonhosamente dominada pela cultura norte-americana. Tentei todos os nomes possíveis, tá, tá bom, nem todos, confesso. Poderia ter pego o dicionário, assoprado as folhas de olhos fechados e ao abri-los, escolher qualquer nome que aparecesse. Poderia ser uma aberração, mas ao menos não teria traído a pátria. O esperado nome acabou sendo "in english", para o desgosto do sócio, vencido pelo cansaço.

Já tive minhas crises ufanistas extremas, era daquele tipo que chegava em Nova Iorque e mandava aquelas pérolas recalcadas do tipo: "ai, esses americanos são tão burros, nem sabem onde fica a Amazônia, ui, essa carne do Tavern on The Green não é boa não, prefiro a da padaria do Seu João na esquina de casa, ih, o que tem demais no Central Park? Nós temos o Parque Lage que não tem lago que congela e dá pra ver os peixinhos..." Ok, ok, tem uma certa verdade em algumas dessas declarações, but, também não vamos exagerar, não é mesmo? Cada um com seu valor.

Também não vou me desculpar aqui pelo fato de ter "americanizado" o nome da tão amada futura empresa. Não nego, o nome aportuguesado não ficaria tão "chique" quanto in english. A verdade é que as pessoas gostam disso, acham que tudo é melhor quando é falado em inglês. Nós brasileiros infelizmente fomos criados para rechaçar nossa pátria-mãe. Com toda a robalheira, pobreza e violência que somos obrigados a vivenciar em nosso dia-a-dia, acabamos vestindo cada vez menos o verde e amarelo. A não ser, é claro, em época de Copa do Mundo, quando gritamos para todo mundo ouvir "Sou brasileiro, com muito orgulho, de coração..." e inclusive fazemos picuinha com os estrangeiros mostrando que somos os maiorais. Pura hipocrisia, compreensível porém, já que essa é a única grande felicidade que temos de quatro em quatro anos.

Tá, temos um povo batalhador e sorridente, que bate no peito e não desiste nunca, temos paisagens lindas e não precisamos ficar com medo das grandes tragédias naturais como furacões, vulcões, maremotos. But, vivemos em apartamentos com grades, câmeras, contratamos seguranças particulares, compramos carros blindados...somos residentes naturais em nosso imenso Brasil, mas agimos como imigrantes ilegais, enjaulados em nossas casas, com medo da nossa própria polícia, que mais nos ameaça do que nos protege.

Mesmo assim, a nova empresa dos sonhos será aberta aqui. Mais precisamente no Rio de Janeiro, a cidade sitiada. Com nome em inglês ou em português, não importa. Mesmo descrentes, existe uma ponta de esperança de que o futuro pode ser melhor se cada um fizer a sua parte, seja empreendendo, seja trabalhando com ou sem carteira assinada, pagando nossos impostos. É o trabalho honesto e competente que vai gerar recursos para melhorar cada vez mais o lugar em que vivemos.

Depois de todo esse relato imagino que você deve estar curioso para saber o nome da empresa, não é mesmo? Sorry, but não conto não. Ainda é preciso registrá-lo no Registro.br, no Inpi...Sabe como é né, brasileiro tem mania de copiar a idéia dos outros...ai ai...morde a língua Carolina, morde! (In english, please! Bit the tongue Quérol, bit the tongue...).

That´s all folks! :P

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um nome para chamar de meu

Tô quebrando a cabeça para encontrar um nome super-mega-blaster para a consultoria dos sonhos! Sim, eu bati pé, esperneei e falei: "sem um nome bom nenhum negócio vai ter sucesso", pronto, me ferrei! Quem mandou fazer bico?

E eu que achava que o mais difícil mesmo era idealizar o negócio...Até agora a oferta de serviços tem se mostrado bastante contudente, com gente se interessando até! Mas aí vem a parte do bendito nome, que quase arranquei as roupas alheias me atracando com unhas e dentes para convencer que é sim MUITO importante! Oh god! Entre mortos e feridos salvaram-se todos...Menos eu...(heim? Como os mortos podem se salvar? Que ditadinho contraditório...Mas isso fica para o próximo post...) .

Cada nome muito "original" que penso já existe. Que tal...Result? Expert? Expertise? Atual? Ação? Inove? Tá bom, I9 então? Cacilda, ou já existe ou tem parecido...não queria sigla...siglas não dizem nada para quem é uma "marketeira" que quer um significado subliminar em tudo que existir...o sócio não quer nome "in english", ufanista até dizer chega...Brasil meu Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro! Post Scriptum adiantado: Em tempo, não poderia deixar de contribuir com meus amigos twitteiros...#forasarney!

Num desses desatinos desesperados pensei até em chamar de C2 consultoria, iniciais dos dois sócios e pasmem, já existe! Cáspita! E se não colocar o número 2 e repetir a letra C? Repeti em voz alta algumas vezes e percebi que pegaria meio mal, uma consultoria CC imagina-se que não cheire muito bem...E se fosse C²? Hum, interessante...mas imagina atender a uma ligação? "Cê-ao-quadrado-boa-tarde-em-que-posso-ajudá-lo? Adeus cliente, foi bom ouvir seu alô do outro lado da linha...

Tentei em italiano, já que em inglês não pode e as raízes da árvore genealógica permitem, não seria nenhum crime, não é mesmo? Então surgiram: Pensare, Innovare, Personare, Imaginare...tudo já existe! Não apelei pra Mona Lisa nem Da Vinci, seria escancarado demais e o Registro.br também não permitiria, nem muito menos o INPI. E também não diria muita coisa. Imaginem a "Consultoria da Mona Lisa". Iam achar que vendo quadros estonteantes ou escovas progressivas. Não, definitivamente esse não é o meu business (que meu sócio não me pegue falando em inglês!).

"Oh cérebro carente de idéias geniais, poderias tu abrir teu lado direito outrora explorado tão conveniententemente e me invadir de nomes jamais pensados pelos donos de consultoria?". Não né? Só porque fiz bico você não quer colaborar...Ok, ok...eu hei de burlar essa auto-sabotagem...me aguarde meu querido...ah me aguarde...no meu próximo post eu prometo, irei lhe pegar de jeito! Ah se vou!







sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mito - Inspirado por Michael Jackson

Com a morte de Michael Jackson e a verdadeira comoção mundial que ela trouxe, discorro sobre a importância de um mito na sociedade.

Nós, reles mortais, nascemos, crescemos, envelhecemos e sabemos que um dia iremos morrer completamente anônimos, com alguns gatos pingados participando de nosso enterro. Sem mídia, sem holofotes, descansaremos em paz. Talvez com algumas pequenas fofocas maldosas de quem poderíamos ter sido ou o que poderíamos ter feito a mais. Nada que ganhe 24 horas de transmissão mundial ou a primeira página de um jornal.

Faremos nossas ações de caridade em momentos de compaixão e no quanto nossos bolsos e corações permitirem. Seja doando dinheiro para velhinhos, crianças ou deficientes no sinal de trânsito, ou contribuindo timidamente com algumas instituições, através da doação de comida, agasalho e brinquedos. Não seremos prêmio Nobel da Paz, nem destaque em ações contra a fome na África ou no Sertão brasileiro por causa disso. Nossa parte é computada como a de qualquer cidadão comum, sem glórias, contando apenas com a consciência do que cada um deve fazer para melhorar a rua, bairro, ou no máximo, a cidade.

Não nos envolvemos em grandes escândalos, mesmo que muitas de nossas atitudes sejam escandolasas e pudessem estampar a primeira página do Globo ou do New York Times. Ninguém segue nossas tendências de nos vestir, no nosso jeito de escovar os dentes, se usamos escovas comuns ou elétricas. Ninguém se importa se saímos com uma roupa completamente descombinada, sem maquiagem ou com as unhas por fazer. Fazemos inúmeras plásticas para melhorar (?) nossas aparências, mas elas só são comentadas em mesas de bar, num círculo particular de amigos que nos detonam ou nos elogiam.

Curtimos nossa infância, brincamos de amarelinha, videogame e bola de gude, e somos imensamente felizes com isso. Fomos adolescentes rebeldes, brigamos com nossos familiares e, pasmem, isso nunca virou notícia. Nos tornamos engenheiros, publicitários, advogados, médicos, vendedores. Casamos, separamos, temos filhos de outros casamentos, mas nenhuma rádio noticia com quem ficarão as crianças caso o pai ou mãe faleçam inesperadamente.

Somos normais. Se é que esse termo pode ser aplicado corretamente. Vivemos nossas felicidades e infelicidades sem que o mundo inteiro nos cobre o porquê de estarmos nos sentindo daquele jeito. Temos a paz de sermos nós mesmos, sem medo ou receio de sermos julgados por qualquer pessoa que a gente esbarre na esquina.

Mas também...não somos agraciados e beijados por desconhecidos, ninguém grita nosso nome num estádio de futebol em uníssono junto a cento e tantas mil pessoas. Ninguém nos pára na rua para dizer como amou a campanha que criamos ou o processo que ganhamos nem a venda que fizemos, que valeu 30.000 reais e tirou a empresa do sufoco.

Mesmo assim, como no início dos tempos, o mundo precisa de um mito, ou de um mártir, que vá nos inspirar a sermos melhores, um espelho de quem gostaríamos de ser, mesmo sabendo que eles são pessoas comuns, completamente imperfeitos. O mito é um grande vencedor nesse mundo cheio de hipocrisias, preconceitos e julgamentos. Vive uma vida exposta, muitas vezes infeliz com o simples e único objetivo de inspirar os outros, mesmo que muitos abusem do direito de receber essa inspiração.

Eu tenho pena dos mitos, tenho pena da vida de sacrifícios que vivem para nos deleitar, nos fazer cantar suas canções ou assitir seus premiados filmes.

Não sou nem nunca fui uma fã do Michael Jackson, mas sua trajetória de vida me tocou. Independentemente dos boatos ou verdades sobre o que fez ou deixou de fazer. Eu tenho pena. Será que a fama vale esse preço?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ingratidão

Eu fico pasma quando vejo do que o ser humano é capaz. Não sei se me envergonho por fazer parte da mesma espécie, se penso que são apenas mutações fruto de uma experiência realizada por fanáticos cientistas de um filme de ficção científica que se escondem em laboratórios plantando chips tortuosos em alguns infelize (ui!) ou se, sei lá, a vida é assim mesmo e até hoje eu não tinha me dado conta disso.

Não me considero ingênua, mas até o último segundo da minha vida queria continuar acreditando no SER humano. Acreditar que por trás de um ato não aprovado existe uma alma cheia de luz, que apenas erra, não é perfeita, quem é, afinal? Mas sabe, desculpem o vocabulário, mas tá FODA de continuar acreditando nisso... A máxima que diz que "quanto mais conheço o homem mais gosto do meu cachorro" vem se tornando uma verdade nessa curta existência da qual tenho sorte (?) de participar.

E o tema de hoje infelizmente é...que soem as trombetas! Ingratidão.

A maioria das pessoas que fazem o bem não esperam nada em troca. Não querem um dia receber uma medalha nem mesmo uma faixa ou título de honra ao mérito. Ninguém almeja atravessar um tapete vermelho em meio a aplausos e gritos de "and the winner is...". Sai dessa! Não é isso que quem faz o bem quer. Na maioria das vezes não se quer nada em troca. Só um abraço apertado, um aperto de mão, um beijo no rosto. Ninguém quer dinheiro ou glórias, ou que digam "olha, sabe quem fez isso por mim? Foi fulano!!". Não. Aquele abraço, mesmo que desajeitado, tímido, basta.

O problema acontece quando não há abraço, não há beijo na bochecha, nem mesmo um encostar de mãos. Quando o que resta é indiferença, egoismo, soberba...quando isso acontece, a alma mais pura, por mais evoluída que possa ser, perde o chão, fica desorientada.

Ninguém quer um tapete vermelho, mas se existe um tapete, não puxe, por favor. Seja ele preto, branco, malhado, de oncinha, ou da moda, se existe um tapete, não puxe. Não desacredite o que há de mais puro na existência, o SER humano. Não existe perfeição, todo mundo sabe, mas não transforme em decepção atos de amor. Não chafurde na lama sentimentos puros de amizade, não despreze quem sempre te ajudou.

A ingratidão pode ser uma palavra apenas criada por nós, SERES humanos. Mas se as palavras têm tanta força quanto acreditamos que têm, não mande indiretas, e-mails. Converse. Dispa-se de sua máscara, encoraja-se, dê a cara a tapa, assuma suas fraquezas. Talvez você não esteja preparado para ouvir, mas será que algum dia esteve? Será que você merecia o bem que recebeu?

Assuma suas imperfeições, não é feio, feio é fingir que nunca recebeu nada de bom, é ignorar e desfazer de todas as conquistas que obteve graças a um...amigo. Como estaria você se essa pessoa não existisse na sua vida? Já pensou?

Acorde. Procure enxergar, se não usa óculos passe a usar. Sempre há tempo de consertar um erro. Errar é humano. Persistir no erro...é burrice. Salve-se enquanto há tempo!






terça-feira, 14 de abril de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

The way you look tonight

Uma música toca ao fundo. Tony Bennet embala uma tarde desprentensiosa. Uma linda trilha sonora. Pode-se ver o pôr-do-sol ao fundo, meio azul, meio rosa, a fusão do dia e da noite promove um espetáculo silencioso. Admirado apenas pelos contemplativos, vulgo a-p-a-i-x-o-n-a-d-o-s. 

Aqueles cujo tempo não passa, já não dizia o dicionário. Para quem o relógio tornou-se apenas um instrumento de medida. Medida de trabalho, tempo livre. Centenas de minutos que se passam, milésimos de segundo que parecem durar décadas. Semanas que não acabam. 
Apaixonados são assim. Vivem cada dia como se fosse o último. E esperam, eternamente, a sua vez de se declarar.

Alguns declaram-se por gestos, outros por palavras, mas quem é apaixonado mesmo, não precisa de palavras, quiçá de gestos. Basta um beijo na boca. Simples, intenso, molhado. Um tocar de lábios carinhosos, que mostram mais do que o fogo que os habita, mostram amor e sentimentos. Vontade de estar junto. 

E juntos, olhando nos olhos, decidem de uma vez, dão um abraço apertado e dizem: quero para sempre viver ao seu lado. E não há anel ou pedido concreto, nao tem hora marcada, não tem morada fixa, só tem vontade, ousadia, só tem amor. E basta. Por agora, se há brilho nos olhos, basta.  

terça-feira, 10 de março de 2009

E Nasce Rafael

Um anjinho lindo, sonolento e faminto por peito, com traços iguais aos da mãe, jeitinho do pai, acaba de nascer. E anuncia com gestos: vim trazer felicidade!

Seu sorriso, contagiará a todos que o cercam, seu olhar doce de menino já promete muitas travessuras. Vai brincar de bola, mas talvez não de peão ou de bola-de-gude como seu pai, já passou da época.

Rafa nasce em um mundo cibernético. As crianças da nova geração são muito mais espertas. E promete surpreender seus pais babões. Não será impossível imaginar que sua primeira palavra será "Playstation". E se a sua brincadeira predileta for frequentar lan houses quando adolescente, gostar de mangás - se é que isso ainda existirá -, ser arquiteto de informação, criar um concorrente forte para o Google e dominar o mundo!

Esse recém-chegado rapazinho tem um futuro lindo pela frente. E será muito amado. Traz um legado de seus pais. Amor incondicional, que começou entre duas pessoas que  juntas, descobriram o verdadeiro significado do amor. Amor construído e solidificado, amor adulto. Respeito, amizade, compreensão. Rafa tem muita sorte por nascer em um lar tão cheio de energias positivas, com pais que prometem uma dedicação eterna. 

E eu, como tia-prima muito babona, estarei de perto-longe, admirando cada nova conquista dessa nova vida, desse menino tão lindo que acaba de chegar. Seja bem-vindo!

Glorioso Arcanjo São Rafael, que vos dignastes tomar a aparência de um simples viajante, para vos fazer o protetor do jovem Tobias; ensinai-nos a viver sobrenaturalmente, elevando sem cessar nossas almas, acima das coisas terrestres. Vinde em nosso socorro no momento das tentações e ajudai-nos a afastar de nossas almas e de nossos trabalhos todas as influências do inferno. Ensinai-nos a viver neste espírito de fé, que sabe reconhecer a misericórdia Divina em todas as provações, e as utilizar para a salvação de nossas almas. Obtende-nos a graça que vos peço, de inteira conformidade à vontade Divina, seja que ela nos conceda a cura dos nossos males, ou que recuse o que lhe pedimos. São Rafael, guia protetor e companheiro de Tobias, dirigi-nos no caminho da salvação, preservai-nos de todo perigo e conduzi-nos ao Céu. Assim seja.