quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um nome para chamar de meu - veredito final

É, não deu...fui completa e vergonhosamente dominada pela cultura norte-americana. Tentei todos os nomes possíveis, tá, tá bom, nem todos, confesso. Poderia ter pego o dicionário, assoprado as folhas de olhos fechados e ao abri-los, escolher qualquer nome que aparecesse. Poderia ser uma aberração, mas ao menos não teria traído a pátria. O esperado nome acabou sendo "in english", para o desgosto do sócio, vencido pelo cansaço.

Já tive minhas crises ufanistas extremas, era daquele tipo que chegava em Nova Iorque e mandava aquelas pérolas recalcadas do tipo: "ai, esses americanos são tão burros, nem sabem onde fica a Amazônia, ui, essa carne do Tavern on The Green não é boa não, prefiro a da padaria do Seu João na esquina de casa, ih, o que tem demais no Central Park? Nós temos o Parque Lage que não tem lago que congela e dá pra ver os peixinhos..." Ok, ok, tem uma certa verdade em algumas dessas declarações, but, também não vamos exagerar, não é mesmo? Cada um com seu valor.

Também não vou me desculpar aqui pelo fato de ter "americanizado" o nome da tão amada futura empresa. Não nego, o nome aportuguesado não ficaria tão "chique" quanto in english. A verdade é que as pessoas gostam disso, acham que tudo é melhor quando é falado em inglês. Nós brasileiros infelizmente fomos criados para rechaçar nossa pátria-mãe. Com toda a robalheira, pobreza e violência que somos obrigados a vivenciar em nosso dia-a-dia, acabamos vestindo cada vez menos o verde e amarelo. A não ser, é claro, em época de Copa do Mundo, quando gritamos para todo mundo ouvir "Sou brasileiro, com muito orgulho, de coração..." e inclusive fazemos picuinha com os estrangeiros mostrando que somos os maiorais. Pura hipocrisia, compreensível porém, já que essa é a única grande felicidade que temos de quatro em quatro anos.

Tá, temos um povo batalhador e sorridente, que bate no peito e não desiste nunca, temos paisagens lindas e não precisamos ficar com medo das grandes tragédias naturais como furacões, vulcões, maremotos. But, vivemos em apartamentos com grades, câmeras, contratamos seguranças particulares, compramos carros blindados...somos residentes naturais em nosso imenso Brasil, mas agimos como imigrantes ilegais, enjaulados em nossas casas, com medo da nossa própria polícia, que mais nos ameaça do que nos protege.

Mesmo assim, a nova empresa dos sonhos será aberta aqui. Mais precisamente no Rio de Janeiro, a cidade sitiada. Com nome em inglês ou em português, não importa. Mesmo descrentes, existe uma ponta de esperança de que o futuro pode ser melhor se cada um fizer a sua parte, seja empreendendo, seja trabalhando com ou sem carteira assinada, pagando nossos impostos. É o trabalho honesto e competente que vai gerar recursos para melhorar cada vez mais o lugar em que vivemos.

Depois de todo esse relato imagino que você deve estar curioso para saber o nome da empresa, não é mesmo? Sorry, but não conto não. Ainda é preciso registrá-lo no Registro.br, no Inpi...Sabe como é né, brasileiro tem mania de copiar a idéia dos outros...ai ai...morde a língua Carolina, morde! (In english, please! Bit the tongue Quérol, bit the tongue...).

That´s all folks! :P

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Um nome para chamar de meu

Tô quebrando a cabeça para encontrar um nome super-mega-blaster para a consultoria dos sonhos! Sim, eu bati pé, esperneei e falei: "sem um nome bom nenhum negócio vai ter sucesso", pronto, me ferrei! Quem mandou fazer bico?

E eu que achava que o mais difícil mesmo era idealizar o negócio...Até agora a oferta de serviços tem se mostrado bastante contudente, com gente se interessando até! Mas aí vem a parte do bendito nome, que quase arranquei as roupas alheias me atracando com unhas e dentes para convencer que é sim MUITO importante! Oh god! Entre mortos e feridos salvaram-se todos...Menos eu...(heim? Como os mortos podem se salvar? Que ditadinho contraditório...Mas isso fica para o próximo post...) .

Cada nome muito "original" que penso já existe. Que tal...Result? Expert? Expertise? Atual? Ação? Inove? Tá bom, I9 então? Cacilda, ou já existe ou tem parecido...não queria sigla...siglas não dizem nada para quem é uma "marketeira" que quer um significado subliminar em tudo que existir...o sócio não quer nome "in english", ufanista até dizer chega...Brasil meu Brasil brasileiro, terra de samba e pandeiro! Post Scriptum adiantado: Em tempo, não poderia deixar de contribuir com meus amigos twitteiros...#forasarney!

Num desses desatinos desesperados pensei até em chamar de C2 consultoria, iniciais dos dois sócios e pasmem, já existe! Cáspita! E se não colocar o número 2 e repetir a letra C? Repeti em voz alta algumas vezes e percebi que pegaria meio mal, uma consultoria CC imagina-se que não cheire muito bem...E se fosse C²? Hum, interessante...mas imagina atender a uma ligação? "Cê-ao-quadrado-boa-tarde-em-que-posso-ajudá-lo? Adeus cliente, foi bom ouvir seu alô do outro lado da linha...

Tentei em italiano, já que em inglês não pode e as raízes da árvore genealógica permitem, não seria nenhum crime, não é mesmo? Então surgiram: Pensare, Innovare, Personare, Imaginare...tudo já existe! Não apelei pra Mona Lisa nem Da Vinci, seria escancarado demais e o Registro.br também não permitiria, nem muito menos o INPI. E também não diria muita coisa. Imaginem a "Consultoria da Mona Lisa". Iam achar que vendo quadros estonteantes ou escovas progressivas. Não, definitivamente esse não é o meu business (que meu sócio não me pegue falando em inglês!).

"Oh cérebro carente de idéias geniais, poderias tu abrir teu lado direito outrora explorado tão conveniententemente e me invadir de nomes jamais pensados pelos donos de consultoria?". Não né? Só porque fiz bico você não quer colaborar...Ok, ok...eu hei de burlar essa auto-sabotagem...me aguarde meu querido...ah me aguarde...no meu próximo post eu prometo, irei lhe pegar de jeito! Ah se vou!







sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mito - Inspirado por Michael Jackson

Com a morte de Michael Jackson e a verdadeira comoção mundial que ela trouxe, discorro sobre a importância de um mito na sociedade.

Nós, reles mortais, nascemos, crescemos, envelhecemos e sabemos que um dia iremos morrer completamente anônimos, com alguns gatos pingados participando de nosso enterro. Sem mídia, sem holofotes, descansaremos em paz. Talvez com algumas pequenas fofocas maldosas de quem poderíamos ter sido ou o que poderíamos ter feito a mais. Nada que ganhe 24 horas de transmissão mundial ou a primeira página de um jornal.

Faremos nossas ações de caridade em momentos de compaixão e no quanto nossos bolsos e corações permitirem. Seja doando dinheiro para velhinhos, crianças ou deficientes no sinal de trânsito, ou contribuindo timidamente com algumas instituições, através da doação de comida, agasalho e brinquedos. Não seremos prêmio Nobel da Paz, nem destaque em ações contra a fome na África ou no Sertão brasileiro por causa disso. Nossa parte é computada como a de qualquer cidadão comum, sem glórias, contando apenas com a consciência do que cada um deve fazer para melhorar a rua, bairro, ou no máximo, a cidade.

Não nos envolvemos em grandes escândalos, mesmo que muitas de nossas atitudes sejam escandolasas e pudessem estampar a primeira página do Globo ou do New York Times. Ninguém segue nossas tendências de nos vestir, no nosso jeito de escovar os dentes, se usamos escovas comuns ou elétricas. Ninguém se importa se saímos com uma roupa completamente descombinada, sem maquiagem ou com as unhas por fazer. Fazemos inúmeras plásticas para melhorar (?) nossas aparências, mas elas só são comentadas em mesas de bar, num círculo particular de amigos que nos detonam ou nos elogiam.

Curtimos nossa infância, brincamos de amarelinha, videogame e bola de gude, e somos imensamente felizes com isso. Fomos adolescentes rebeldes, brigamos com nossos familiares e, pasmem, isso nunca virou notícia. Nos tornamos engenheiros, publicitários, advogados, médicos, vendedores. Casamos, separamos, temos filhos de outros casamentos, mas nenhuma rádio noticia com quem ficarão as crianças caso o pai ou mãe faleçam inesperadamente.

Somos normais. Se é que esse termo pode ser aplicado corretamente. Vivemos nossas felicidades e infelicidades sem que o mundo inteiro nos cobre o porquê de estarmos nos sentindo daquele jeito. Temos a paz de sermos nós mesmos, sem medo ou receio de sermos julgados por qualquer pessoa que a gente esbarre na esquina.

Mas também...não somos agraciados e beijados por desconhecidos, ninguém grita nosso nome num estádio de futebol em uníssono junto a cento e tantas mil pessoas. Ninguém nos pára na rua para dizer como amou a campanha que criamos ou o processo que ganhamos nem a venda que fizemos, que valeu 30.000 reais e tirou a empresa do sufoco.

Mesmo assim, como no início dos tempos, o mundo precisa de um mito, ou de um mártir, que vá nos inspirar a sermos melhores, um espelho de quem gostaríamos de ser, mesmo sabendo que eles são pessoas comuns, completamente imperfeitos. O mito é um grande vencedor nesse mundo cheio de hipocrisias, preconceitos e julgamentos. Vive uma vida exposta, muitas vezes infeliz com o simples e único objetivo de inspirar os outros, mesmo que muitos abusem do direito de receber essa inspiração.

Eu tenho pena dos mitos, tenho pena da vida de sacrifícios que vivem para nos deleitar, nos fazer cantar suas canções ou assitir seus premiados filmes.

Não sou nem nunca fui uma fã do Michael Jackson, mas sua trajetória de vida me tocou. Independentemente dos boatos ou verdades sobre o que fez ou deixou de fazer. Eu tenho pena. Será que a fama vale esse preço?

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ingratidão

Eu fico pasma quando vejo do que o ser humano é capaz. Não sei se me envergonho por fazer parte da mesma espécie, se penso que são apenas mutações fruto de uma experiência realizada por fanáticos cientistas de um filme de ficção científica que se escondem em laboratórios plantando chips tortuosos em alguns infelize (ui!) ou se, sei lá, a vida é assim mesmo e até hoje eu não tinha me dado conta disso.

Não me considero ingênua, mas até o último segundo da minha vida queria continuar acreditando no SER humano. Acreditar que por trás de um ato não aprovado existe uma alma cheia de luz, que apenas erra, não é perfeita, quem é, afinal? Mas sabe, desculpem o vocabulário, mas tá FODA de continuar acreditando nisso... A máxima que diz que "quanto mais conheço o homem mais gosto do meu cachorro" vem se tornando uma verdade nessa curta existência da qual tenho sorte (?) de participar.

E o tema de hoje infelizmente é...que soem as trombetas! Ingratidão.

A maioria das pessoas que fazem o bem não esperam nada em troca. Não querem um dia receber uma medalha nem mesmo uma faixa ou título de honra ao mérito. Ninguém almeja atravessar um tapete vermelho em meio a aplausos e gritos de "and the winner is...". Sai dessa! Não é isso que quem faz o bem quer. Na maioria das vezes não se quer nada em troca. Só um abraço apertado, um aperto de mão, um beijo no rosto. Ninguém quer dinheiro ou glórias, ou que digam "olha, sabe quem fez isso por mim? Foi fulano!!". Não. Aquele abraço, mesmo que desajeitado, tímido, basta.

O problema acontece quando não há abraço, não há beijo na bochecha, nem mesmo um encostar de mãos. Quando o que resta é indiferença, egoismo, soberba...quando isso acontece, a alma mais pura, por mais evoluída que possa ser, perde o chão, fica desorientada.

Ninguém quer um tapete vermelho, mas se existe um tapete, não puxe, por favor. Seja ele preto, branco, malhado, de oncinha, ou da moda, se existe um tapete, não puxe. Não desacredite o que há de mais puro na existência, o SER humano. Não existe perfeição, todo mundo sabe, mas não transforme em decepção atos de amor. Não chafurde na lama sentimentos puros de amizade, não despreze quem sempre te ajudou.

A ingratidão pode ser uma palavra apenas criada por nós, SERES humanos. Mas se as palavras têm tanta força quanto acreditamos que têm, não mande indiretas, e-mails. Converse. Dispa-se de sua máscara, encoraja-se, dê a cara a tapa, assuma suas fraquezas. Talvez você não esteja preparado para ouvir, mas será que algum dia esteve? Será que você merecia o bem que recebeu?

Assuma suas imperfeições, não é feio, feio é fingir que nunca recebeu nada de bom, é ignorar e desfazer de todas as conquistas que obteve graças a um...amigo. Como estaria você se essa pessoa não existisse na sua vida? Já pensou?

Acorde. Procure enxergar, se não usa óculos passe a usar. Sempre há tempo de consertar um erro. Errar é humano. Persistir no erro...é burrice. Salve-se enquanto há tempo!






terça-feira, 14 de abril de 2009

segunda-feira, 16 de março de 2009

The way you look tonight

Uma música toca ao fundo. Tony Bennet embala uma tarde desprentensiosa. Uma linda trilha sonora. Pode-se ver o pôr-do-sol ao fundo, meio azul, meio rosa, a fusão do dia e da noite promove um espetáculo silencioso. Admirado apenas pelos contemplativos, vulgo a-p-a-i-x-o-n-a-d-o-s. 

Aqueles cujo tempo não passa, já não dizia o dicionário. Para quem o relógio tornou-se apenas um instrumento de medida. Medida de trabalho, tempo livre. Centenas de minutos que se passam, milésimos de segundo que parecem durar décadas. Semanas que não acabam. 
Apaixonados são assim. Vivem cada dia como se fosse o último. E esperam, eternamente, a sua vez de se declarar.

Alguns declaram-se por gestos, outros por palavras, mas quem é apaixonado mesmo, não precisa de palavras, quiçá de gestos. Basta um beijo na boca. Simples, intenso, molhado. Um tocar de lábios carinhosos, que mostram mais do que o fogo que os habita, mostram amor e sentimentos. Vontade de estar junto. 

E juntos, olhando nos olhos, decidem de uma vez, dão um abraço apertado e dizem: quero para sempre viver ao seu lado. E não há anel ou pedido concreto, nao tem hora marcada, não tem morada fixa, só tem vontade, ousadia, só tem amor. E basta. Por agora, se há brilho nos olhos, basta.  

terça-feira, 10 de março de 2009

E Nasce Rafael

Um anjinho lindo, sonolento e faminto por peito, com traços iguais aos da mãe, jeitinho do pai, acaba de nascer. E anuncia com gestos: vim trazer felicidade!

Seu sorriso, contagiará a todos que o cercam, seu olhar doce de menino já promete muitas travessuras. Vai brincar de bola, mas talvez não de peão ou de bola-de-gude como seu pai, já passou da época.

Rafa nasce em um mundo cibernético. As crianças da nova geração são muito mais espertas. E promete surpreender seus pais babões. Não será impossível imaginar que sua primeira palavra será "Playstation". E se a sua brincadeira predileta for frequentar lan houses quando adolescente, gostar de mangás - se é que isso ainda existirá -, ser arquiteto de informação, criar um concorrente forte para o Google e dominar o mundo!

Esse recém-chegado rapazinho tem um futuro lindo pela frente. E será muito amado. Traz um legado de seus pais. Amor incondicional, que começou entre duas pessoas que  juntas, descobriram o verdadeiro significado do amor. Amor construído e solidificado, amor adulto. Respeito, amizade, compreensão. Rafa tem muita sorte por nascer em um lar tão cheio de energias positivas, com pais que prometem uma dedicação eterna. 

E eu, como tia-prima muito babona, estarei de perto-longe, admirando cada nova conquista dessa nova vida, desse menino tão lindo que acaba de chegar. Seja bem-vindo!

Glorioso Arcanjo São Rafael, que vos dignastes tomar a aparência de um simples viajante, para vos fazer o protetor do jovem Tobias; ensinai-nos a viver sobrenaturalmente, elevando sem cessar nossas almas, acima das coisas terrestres. Vinde em nosso socorro no momento das tentações e ajudai-nos a afastar de nossas almas e de nossos trabalhos todas as influências do inferno. Ensinai-nos a viver neste espírito de fé, que sabe reconhecer a misericórdia Divina em todas as provações, e as utilizar para a salvação de nossas almas. Obtende-nos a graça que vos peço, de inteira conformidade à vontade Divina, seja que ela nos conceda a cura dos nossos males, ou que recuse o que lhe pedimos. São Rafael, guia protetor e companheiro de Tobias, dirigi-nos no caminho da salvação, preservai-nos de todo perigo e conduzi-nos ao Céu. Assim seja.




sexta-feira, 6 de março de 2009

Um pouco de Martha

“Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém lê.” (Martha Medeiros)

Para Caco - Balão Mágico


Quem disse que não se pode cantar cancões infantis para um cachorro? Meu filhote mais querido! Meu grande amigo, É TÃO LINDO!!! :-) Declamo essa canção quase todos os dias para ele...
Louca? Não! O passado foi maravilhoso! Por que não recordar com um serzinho tão especial?

Se tem bigodes de foca,
Nariz de tamanduá,
Parece meio estranho em?
Também, um bico de pato
E um jeitão de sabiá...
Mas é amigo.
Não precisa mudar.
É tão lindo,
Deixa assim como está.
E eu adoro! adoro!
Bom mesmo é a gente encontrar, um bom amigo.
Se tem bigodes de foca,
Nariz de tamanduá,
Parece meio estranho né?
Mas se é,
Amigo de fato,
A gente deixa como ele está!
É tão lindo.
Não precisa mudar!
É tão lindo,
Deixa assim com está.
E eu adoro, é claro!
Bom mesmo é a gente encontrar,
Um bom amigo.

Só, os sonhos verdadeiros,
Onde existe amor.
Somos grandes companheiros,
Os três mosqueteiros.
Como eu vi num filme

É tão lindo
Não precisa mudar,
É tão lindo,
Deixa assim como está,
E eu adoro,
E agora,
Eu quero é poder lhe falar,
Dessa amizade que nasceu,
Você e eu, nós e você, vocês e eu.
E é tão lindo!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Escolhas

Ando fugitiva. Fujo do óbvio. Porque não quero enxergar o que o destina trilha para mim. Insisto em fugir. Prisioneira de uma verdade que já se revelou uma grande mentira. Ou dúvida...mentira é forte.

Meus anseios cabem numa caixinha de papelão. Sem forma definida, sem cores deslumbrantes, sem fita ou cartão, destinatário e remetente. É só uma caixa. Nela guardo meus sonhos, meus receios, a criatividade camuflada pela grande estrategista.
A vida não é um jogo. Se tem vencedores ou perdedores, cabe a você interpretar o que cada um significa. Tudo é questão de ponto de vista. Do que você quer enxergar.

Míope, continuo seguindo pelo caminho lucrativo. Aquele que pode me dar conforto financeiro, mas que não aquieta a alma. Escolhi a faculdade da vida, mesmo tendo me formado em uma instituição renomada. Jornalista, Publicitária, Comunicóloga. De que adianta se o destino que tracei é viver atrás de uma mesa, escondida através de óculos fictícios que só ocultam a verdadeira face? Navegando em páginas de desconhecidos, cada vez mais encontro o meu eu. E percebo que não estou sozinha.

Todo mundo tenta o caminho mais fácil. Desisti cedo demais. Mas é certo, não quero ser presidente de empresa, se puder presidir minha própria casa e as palavras que saem dos meus "dedos", num simples digitar de teclas, pode ter certeza, serei dona do mundo. Do meu mundo. E nada mais. Sempre há tempo de recomeçar. Não quero apagar nada, mas virar a página e começar um novo livro. Ainda tenho pelo menos uns 50 anos pela frente, se a saúde permitir. Esse tempo me parece suficiente. E vou lutar. Atenção soldados, uma recruta acaba de chegar.

Ignorante

Ignorante. É o que penso ser. Toda vez que leio esses lindos e muito bem escritos textos e poesias de amadores ou re-conhecidos, fico me sentindo assim.
Tudo contextualizado, obras-primas, palavras esculpidas tão perfeitamente...sinto-me desolada.
Não é inveja, é vontade de querer ser. E às vezes trilho um caminho que nem sei onde vai dar. Gostaria de saber. Estar certa do que sou. Do que quero ser. No que investir verdadeiramente meu tempo, minha vida, meu coração e minha razão.
Sou mutante, profissionalmente mutante. Será que 10 anos não serviram pra nada?
Quero luz. Pode ser de uma simples lanterna. Se é luz, basta.
Acende um fósforo pra mim?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Felicidade

Sou feliz. E demorei a perceber. Preferia me atracar com o oposto. Foi uma briga dura e fui vencida. Vivia de sonhos. Mas a realidade se mostrou, nua e crua. E não deu mais pra fugir. A felicidade me invadiu em um momento em que não mais esperava. Foi quando finalmente parei para refletir, racionalmente. Sim, porque sempre fui irracional. Achava que a felicidade era efêmera, que era feita somente de momentos. Acordava um dia e algo de bom acontecia. Sou feliz! No outro dia, o mau humor se instaurava, alguma coisa dava errado, dia ruim no trabalho, briga com o namorado. Pronto, sou infeliz.

O que é a felicidade afinal? Felicidade plena?

A felicidade é um estado de espírito. Mas vai além disso. Estar vivo, com saúde, já é motivo para estar bem. Ter uma casa com cachorro, amigos, família que te acalenta, já soma bons pontos no quesito felicidade. E o veredito final vai para a plenitude, sentir-se completo como ser humano. E isso independe de emprego, dinheiro ou amor. Tem a ver com consciência da própria vivência, tem a ver sim com comparação. Quando você se compara a tantas pessoas com problemas incrivelmente duros, passa a minimizar seus próprios problemas, e perceber que é feliz. Tem a ver com serotonina, que, mesmo em níveis descontrolados, pode ser facilmente transposto, se você encarar que qualquer problema químico tem solução. E procurar ajuda. E sempre tem alguém disposto a ajudar.

Felicidade é viver com um sorriso no rosto. Não um sorriso falso. O sorriso exposto pelo prazer em estar vivo. Por saber que Deus, independente de religião, está ao seu lado e, mesmo assim, que a sua energia, positiva ou negativa, só depende de você. De como você quer encarar a vida.

Ser feliz é querer ser feliz. Como já dizia o poeta, "a felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor. Brilha tranqüila, depois de leve oscila. E cai como uma lágrima de amor..."

Feliz vida a todos!

domingo, 1 de março de 2009

Um grande amor

Um grande amor não se encontra em qualquer esquina. Tem que conhecer. Nem que seja de ouvir falar. Não existe amor que surge do nada. De alguma coisa acontece. Seja de um encontro inusitado ou de uma conversa compridaaa. Também pode vir de um momento inesperado e, de repente, eis que surge, divino. Tem quem ache brega encontrar um grande amor. Outros falam: "isso não existe!".

Os desacreditados zombam do grande amor. Acham que é só uma expressão criada para sossegar o coração. Ou quem sabe angustiá-lo. Porque para muitos, amor é isso. É calor frequente, é pulso que pulsa, pressão que sobe. Mas isso não é amor, é paixão.

Amor é tranquilidade. Abraço carinhoso, apelidinhos que não podem ser pronunciados, não em público. É cheirinho no cangote, cuidado, companheirismo, é fazer um programa de índio e continuar com um sorriso no rosto. Porque o que importa no final das contas, é estar ao lado da pessoa amada.

Ter um grande amor é fazer planos. É querer construir família, ter filhos com a sua cara, seu jeitinho, seu olho e com a cor do seu cabelo. É consolidar o sentimento e fazê-lo eterno enquanto dure. Ou infinito pelos frutos que gerar.

Eu tenho um grande amor, e você?

Melodia

Noite que arde
Gargantas secas
Ávidas pela gota
A única gota
Que as salvaria.

Elas gritam
E o som estridente
Que extrapolou suas mentes
Ressoa e reverbera
Desafina.

Se não fosse a melodia
Que com notas descompassadas
Desafiou a orquestra
As vozes seriam só vozes
E a canção, uma espera.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Agora ou nunca


Vivo o poder do agora
O poder do não dizer 
para não ser mal interpretada
De não poder ouvir 
pois as palavras não são ditas
De ter que adivinhar
mesmo sem ser mágica

Vivo o agora
Amanhã passa
E se passará
Quem dirá?
Às vezes o silêncio 
é muito pior
do que qualquer palavra.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles


Um pouco de poesia para acalentar o coração ...não faz mal a ninguém não é mesmo?

Mais de Shakespeare...

ROMEU

Senhora, juro pela santa lua

que acairela de prata as belas frondes

de todas estas árvores frutíferas

JULIETA

Não jures pela lua, essa inconstante,

que seu contorno circular altera

todos os meses, porque não pareça

que teu amor, também, é assim mutável. 


Não é lindo?? :-P

Um pouco de inspiração

Que obra-prima é o homem! Como é nobre pela razão! Como é infinito em faculdade! Em forma e movimentos, como é expressivo e maravilhoso! Nas ações, como se parece com um anjo! Na inteligência, como se parece com um deus! A maravilha do mundo! Protótipo dos animais!

William Shakespeare (do Ato II, cena II, de Hamlet).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval e Infância


Clube Petropolitano. Um lugar mágico, em que passei todos os carnavais da minha infância. Lá aprendi a gostar de marchinhas, a ver os meninos com outros olhos. A jogar serpentina, confete e receber água das ingênuas garrafinhas de lance-perfume jogadas pela meninada dentro do carro. Tínhamos que fechar a janela para não sermos atingidos. Uma grande curtição.

As fantasias que usei eram incríveis: cigana, odalisca, viúva Porcina, empregada...qualquer tema era válido se garantisse a diversão.
Era apenas uma criança que participava das matinês.

Depois, na pré-adolescência, participava dos bailes noturnos, que acabavam meia-noite. Uau! Mas mudada: agora maquiada e com roupitchas da moda. Me lembro da minha prima, Verinha, ainda menor de 12 anos, colocando batom vermelho e roupa de mais "adulta" para confundir os seguranças e conseguir entrar e curtir com a gente. Me lembro do meu primo saudoso e que virou uma estrelinha muito especial lá no céu, João, a quem guardava uma paixão secreta, indo ao baile e sem nem notar que eu existia. Não tinha problema, a sua presença já acalentava meu coração de menina que estava começando a aprender sobre a paixão.

Foram anos especiais na minha vida. Inesquecíveis. Com a minha família, primas e primos muito queridos. Quantas carnavais gostosos! Quantos momentos maravilhoso!

É por isso que Carnaval para mim tem um sabor especial, tem gosto de fantasias, descobertas, amadurecimento, tem gosto de medo dos trovões de Petrópolis, de colo de pais, de afago de irmão, de tio saudoso e querido, meu dindo que já se foi. De brincadeira de criança, de novos amigos, tem gosto de energia boa. De Colombina em busca do seu Arlequim, ou Pierrot. Tem gosto de infância.

E o Carnaval chegou! Isquindô Isquindô!

Taí eu fiz tudo pra você gostar de mim Ai meu bem não faz assim comigo não  Você tem você tem que me dar seu coração  Meu amor não posso esquecer Se dar alegria faz também sofrer A minha vida foi sempre assim Só chorando as mágoas que não têm fim   Essa história de gostar de alguém Já é mania que as pessoas têm Se me ajudasse Nosso Senhor Eu não pensaria mais no amor  
Joubert de Carvalho, 1930
Não se faz mais Carnaval como antigamente...é por isso que os blocos de rua continuam em alta! 79 anos de música boa. Vamos celebrar o passado!  E prestar nossa homenagem aos antigos poetas do Carnaval! 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

BBBBBBBBBBBB


Er...tenho que confessar uma gafe...eu vejo BBB! Pronto, falei. Toda nova edição eu digo: "ah Carolina, não perde seu tempo, vai ler um livro!". Mas o que acaba ocorrendo é que, vejo BBB e leio um livro...então que mal tem? 
Adoro o comportamento humano, não é à toa que faço análise e uma das minhas monografias foi sobre o mundo cão, na época inspirado pelo programa do Ratinho. Ah vai, não me ache desprezível por isso, sou só uma grande curiosa. Gosto de ver do que as pessoas são capazes de fazer. Por dinheiro, por amor, ou por 5 minutos ou 5 semanas de fama. Não importa. Acho interessante. E daí? O cara que cobriu uma guerra apresenta o programa e tá lá, sem se importar em ser criticado. A única guerra que cobri até hoje foi a da minha própria existência, um conflito individual(ista). Nem escrevi nenhum livro. O cara escreveu e tá lá. Então, "tô nem aí, tô nem aí...". Quem ri por último ri melhor! Mesmo que o último a rir seja apenas o palhaço e esse, ri sempre. Mas ser palhaço também não é um comportamento humano muito interessante?
Hummm...Fico aqui.... pensando...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ahhh moleque!


Alguém aí já acessou o Mundo Canibal? Juro, não é post pago, até porque só tenho um singelo e muito simpático e caridoso seguidor. Mas o Mundo Canibal me diverte. Meu namorado me apresentou há cerca de 2 meses e, apesar de muitas das animações serem extremamente toscas, algumas são realmente engraçadas. E viraram jargão aqui em casa. Meu cachorro virou o "Ahhhh moleque" quando faz algo de errado. E olha que ele nem usa Havaianas de Pau, pelo contrário, ele destrói as tradicionais mesmo. Douradas, com joaninhas, rosinhas....pra que perder tempo? Tá de bobeira? Cai dentro moleque!
Ele não rói a sandália. Isso seria óbvio demais. A boa é comer a bolinha que fica na parte de trás e fingir que nada aconteceu. E quando a pessoa vai calçar, supreendentemente as tiras da sandália se soltam. Será algum espírito do mau agindo sobre a sandália? Não, é o Caco mesmo. E ele sorri com aquele sorriso canino, que você não vê por causa dos pêlos, que se escondem sobre as gengivas. Ahhhhhh moleque!!! Já foram três, vai se virar nos 30 para pagar né? Vai treinando os truques, vai, vai! 
 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Quero o meu estresse de volta!!! E meu alto índice de cortisol também...


Quero desbravar mundo. Quero viajar. Lembrar que existe vida lá fora. E que este "apertamento" é só um mundinho que construí para me esquivar. Da rotina, que antes massacrava e agora soterra. Quem acha que vale a pena viver a vida em um apartamento é louco. Ou tem a sanidade comprometida. A mesmice me sufoca. É sair com o cachorro, brincar de bolinha, dar comida, água, comer - fazer uma esteira pra perder uns quilinhos - , acessar o computador, mandar currículo e...dormir. 

Comprei itens novos para o apartamento. Um regador, uma flor de madeira, folhinhas secas perfumadas, sementes de pimenta para afastar o mau olhado...já perdeu a graça. Era novo e, dois dias depois, já é velharia. Acostumei-me em dois dias inteiros olhando para as novas aquisições. E a pimenta não cresce, só arde os olhos. E o paladar. Que anda azedo...Eita paladar difícil de aturar! Que Deus dê paciência para me aguentar nesse período....tô chaaata! E a chatice que me invade me incomoda. Porque quem me cerca e me ama, não merece a chatice. Merece, pelo contrário, todo o amor que tenho para dar e dedicar. 

Portanto me desculpem seres terrenos! Essa alienígena aqui anda insuportável mesmo. E olha que só se passou uma semana de des(esperado) desemprego. Que essa fase acabe logo e possa novamente deitar no meu travesseiro pensando em reuniões, projetos, briefings, pautas, follows e etc. Ah...que saudades desses tempos loucos e estressantes!

Horário de Verão - Clarice Lispector


Se me perguntassem que horas são, eu me vestiria com o decoro da demência e diria que horas são no Líbano. Não é que eu quisesse enganar alguém. Mas qualquer um que tivesse a sede que tenho pelo ininteligível das existências aceitaria o horário informado e quem sabe compraria uma esfiha na esquina, induzido pelo segundo estrangeiro.
Sábado. Duas e quarenta e sete da madrugada. O horário de verão chegou a seu fim e não sei onde colocar esta hora a mais. Porque nascemos perdendo espaço, espaço que era nosso, e ganhar é quase inaceitável. Quem nos compra? Quem nos compra quem sabe encontrando um motivo pelo qual se vale a pena parar de chorar? Não sei, tento esconder esse bebê prostituta que fui. Eu não sou aquela garota. Quando eu estiver morrendo alguém me avise, preciso chorar ao berros para chamar a atenção de braços amorosos que me esperam no claro do outro lado.
Mas e essa hora nova. Essa hora nova não passa...

E não passa mesmo...afff!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Relíquia: De Vovó para mim, aos 5 aninhos de idade

Eu vi uma estrelinha
Brilhando lá no céu
Depois a estrelinha
Pulou pro seu anel.

Eu vi uma florzinha
Na grama a piscar
Depois esta florzinha
Foi seu brinco enfeitar.

Eu vi um passarinho
Num galho a cantar
Depois o passarinho
Seu rosto foi bicar.

Eu vi um raiozinho
De sol lá a brilhar
Depois o raiozinho
Foi te iluminar.

Eu vi uma barquinha
No mar a navegar
Depois nesta barquinha
Nós fomos passear.

Então vi um peixinho
Douradinho a nadar
Pesquei este peixinho
Para você brincar.

Mas a coisa mais linda
Que vi foi uma menina
Sorrindo linda, linda
Chamada Carolina. 

Maria Isabel (Vovó - Agosto 1984)

Des(esperado) desemprego

Nossa! Que estranho...é a primeira vez que estou sem emprego. Saí da agência que trabalhava na semana passada (que por motivos éticos não comentarei a razão), já são 6 dias sem nada pra pensar.

Sempre fui aquela que, mesmo de férias, acessava o e-mail do trabalho para saber o que estava rolando (workaholic? besteira!) . Meus papos sempre giravam em torno de algum projeto novo, velho, ou futuro. Sempre me dediquei muito a qualquer coisa que fiz. Foram 8 anos de Grupo Amil, onde aprendi tudo o que sei hoje, e 1 na agência web, em que tive o grande prazer de aprender mais sobre o apaixonante mundo digital. Tô de quatro aliás. Depois de muitas dúvidas sobre o que realmente me daria tesão em trabalhar, hoje tenho certeza. É nessa onda que eu vou continuar surfando. Agora estou atrás de oportunidades interessantes, que me façam crescer ainda mais e conquistar a posição que almejo: de especialista supra-sumo sobre tudo o que diz respeito a web. Não digo que estou engatinhando, pois já passei pra fase do andador, e em muito breve, saberei até sambar. Serei a Globeleza digital! E na Sapucaí da Internet, sempre tem espaço pra mais uma passista, não é mesmo?

E aproveitando o clima de carnval..."Ei, você aí, me dá um emprego aí, me dá um emprego aí..."



terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Bicho de 7 cabeças


Bicho de 7 cabeças:
Uma ama
Outra sonha
A terceira se ilude
A quarta se desilude
A quinta faz planos
A sexta os desfaz
A sétima volta ao começo 
E inicia tudo novamente

Quem disse que é preciso 7 cabeças pra pensar... 
Se no final das contas, tudo volta mesmo a ser o que era?
Basta uma, e chega né? 


sábado, 7 de fevereiro de 2009

A Matemática do Amor

O que é o amor se não um sentimento que soma

Divide

Multiplica

Mas também diminui

O  sofrimento de estar só

Na matemática  do coração sobram  dividendos

Lucros

Raízes que se consolidam

Peças que se encaixam

Como num dominó

1 + 1 = 2

Somam dois

Somos dois

Encaixes perfeitos

Amor perfeito

Perfeito

Amor.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ode à Maria Isabel

À Maria Isabel

 

É tempo

É tempo de celebrar vitórias

Esquecer tristezas e passar a limpo 83 anos de hstória.

É tempo de exaltar a vencedora

A grande mulher que na família impera como a mais linda flor.

Suas raízes contaminam gerações...

Filhos, netos e bisnetos...

Um cico de admiradores fanáticos

Sempre prontos a regar suas pétalas.

É assim, Maria Isabel

A flor que se destaca em um enorme jardim

A criança de tranças que cresceu, mas discordo, não se descuidou

Tranformou sentimentos, sabedoria,

Venerou a família e soube passar seu recado como ninguém.

Maria Isabel não se descuidou.

Tanto que hoje, mesmo com seus cabelos cor de neve, é o ponto central da família.

Aquela com quem a gente ri, chora, desabafa, se emociona, conta piada, fofoca, fala de poesia, música, do passado, do presente e do futuro.

Ela é o nosso centro. A nossa história.

Temos muito orgulho dessa pessoa maravilhosa que é a grande, única e insubstituível...

Bebé.

Uma vida com um cachorro

Tem quem chame de filho, irmão, sobrinho. Qual é o verdadeiro parentesco?
Cachorros são essenciais. São seres que vieram para nos iluminar. Nos trazem sua alegria e vontade de viver. Brincam e nos fazem esquecer dos nossos problemas. 
Existe algo melhor do que um afago quando você está triste? Uma arranhadinha nas pernas, ou uma  lambida no rosto, esqueçam as bactérias e sujeirinhas do passeio. Isso se chama amor.
Ninguém ama mais e tão puramente quanto um cachorro. Você se torna ídolo mesmo sem merecer. Você pode não dedicar tanto tempo quanto ele deseja, porque está cheio de problemas, está cansado, ou mesmo sem vontade de passear. E ele continua te amando. Incondicionalmente.
Quem ama os animais tem sorte. Porque com certeza viverá sempre acompanhado, mesmo quando se sente sozinho. É uma companhia alegre, recheada de brincadeiras e diversão. 
O que pode existir de melhor do que chegar em casa, depois de um dia exaustivo, e ter aquela recepção calorosa, cheia de boas intenções? Ele pode destruir sua casa, seus móveis, seu sofá, e você vai continuar achando-o lindo. Porque ele merece. Merece nosso amor. 
Já vivi experiências maravilhosas com cachorros. Um Cocker adoravelmente rabugento, que dava a patinha, nadava como um campeão e me enchia de mimos. E o Yorkshire linguarudo? Foi anti-social até quando podia, mas se rendeu aos encantos de um carinho gostoso, e se tornou o líder da família. O que dizer de um grande, grande mesmo, Golden Retriever, estabanado, que te joga no chão? Mas meu amor, meu querido amor, é meu companheiro, Caco, meu Schanuzer que um dia foi branco e agora, meio amarelado, conquistou meu coração. 

Heroína

Não uso capa. Nem tenho visão além do alcance. Não enxergo através dos objetos. Não consigo ser invisível, mesmo muitas vezes querendo. Minha força não vem dos músculos. Não gosto de espinafre. Não fico verde quando me irrito. Não tenho um carro super equipado. Gostaria de voar, mas tenho os pés no chão. Não tenho um parceiro que usa máscara nos olhos. Prefiro aqueles que não usam máscaras. Não tenho um irmão gêmeo que se transforma em cubo de gelo. Mas três que me fazem usufruir da beleza da união e do amor fraterno. Gostaria de ter um cavalo alado, mas só tenho o meu cachorro que, com seus super poderes hiperativos conseguiu, no máximo, destruir meu sofá, meus móveis e me levar pra passear quando ELE deseja. E não se tornou meu inimigo, mas meu companheiro fiel.

Porém, enfrentei desafios por muitos instransponíveis. Trabalhei em uma empresa em que meu pai era o presidente. Superei críticas a uma suposta predileção. Engoli sapo e não engasguei. Gosto dos anfíbios, eles me fazem forte. Atingi 2,0m de altura, mesmo tendo somente 1,68m. Porque aprendi a crescer mesmo com os obstáculos. Fui chata para comer e hoje como até camarão, ostra e coelho, mesmo sendo meu primeiro bicho de estimação. Me sentia feia, tinha milhões de espinhas e hoje me orgulho das minhas marcas, me fizeram dar a cara a tapa. Apanhei da vida. E ainda vou apanhar, pois ainda vou atingir 3,0m. E não existe crescimento sem sacrifício.

Para colher os frutos, plantei algumas sementes. Árvores que um dia vão crescer e me dar ainda mais frutos. Tinha medo de dormir sozinha, hoje moro sozinha. Via fantasmas e hoje meus fantasmas são muito reais e não fruto da minha imaginação. Venci meus medos, adquiri outros. Fiz planos e refiz, aperfeiçoei-os. Sou brava, sou forte, sou filha do meu norte (com a licença poética de Gonçalves Dias).

Prazer, meu nome é Carolina.

Estranha no ninho


Sempre me senti como uma estranha no ninho. A famosa ovelha negra que Rita Lee canta em sua canção. Fui adolescente rebelde, mas sem comparar com a rebeldia dos anos 60, apenas tinha vontade de me impor. De descobrir quem eu era. Para isso me expus, dei a cara a tapa. Fiz parte de grupos, me excluí de outros que não me interessavam. Paguei por apostar em amizades efêmeras, quando poderia ter construído outras duradouras. Toda escolha tem uma renúncia. 

Fui boa e má aluna. Quase repeti de ano e fui salva por um sistema falido de dependência escolar, em que você cumpre as matérias que repetiu no ano seguinte. Entre Física, Química e Matemática, me restou o meu querido Português, interpretativo, não gramático, pois nunca foi o meu forte. Devorei livros e eles me devoraram. E me ajudaram a me decifrar.

Mesmo me encontrando profissionalmente, me sentia estranha. Porque vim de um ninho partido que, por mais que tentassem me preservar, me tornou estranha. A estranha que sempre teve uma vida dividida e ao mesmo tempo compartilhada. Cercada de dois mundos completamente diferentes que me fizeram aprender a crescer e perceber nuances que muitos não percebem. Porque só conhecem uma realidade.

Sou feliz, e é uma felicidade estranha, porque é um amor por dois mundos, e eu estou no meio deles. Tentando ser neutra, mesmo que neutro seja mesmo só sabão. E de côco. Tenho paixão pelo estranhamento, ele me fascina. Sempre me senti assim, estranhamente única. Não como prepotente, mas como alguém que nasceu com uma missão. Que ainda não descobri, mas vou descobrir. Não serei só uma frase batida. Ainda tenho muito o que construir. 

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sou uma hipérbole


Eu tenho o maior amor do mundo
O amor mais puro
Aquele que não cabe no peito

Amo tanto e tão intensamente
Que às vezes esqueço de amar
O que está presente

Sempre amei assim
Já sofri dores
E desesperos

Já rodei mundo
Procurei o escondido
Encontrei o que não procurava

Prometi
E não cumpri

Paixões intensas vivi
Revelei medos
Medos se revelaram
Para mim

Criei poesias
Já dei flores
E recebi

Já fui exagerada
Comedida
Chorei
E ri

Já me controlei
Me descontrolei
Fui adulta
E criança

Já tive esperança
Fiz planos
E desfiz

Sofri uma queda
Dei a volta por cima
E me reergui

Hoje sou forte
Firme e forte
Venci.


Obra de arte

Seus olhos cor-de-mel
Adoçaram minha vista
Um grisalho platina
Que outro dia 
Era apenas aquele moreno
Virou homem feito
Com um ou outro defeito
Nada desesperador

Seus olhos se cruzaram
Suas mãos se encontraram
A energia emanou de seus peitos
E os corações, que apenas vagavam,
Entrelaçaram-se
Unidos pela paixão
Com emoção
Apaixonaram-se

Juntos seguem a vida
Uma jornada contra a rotina
Meses que se passam
E se fortalecem
Planos sonhados
Presente realizado
Futuro que a Deus pertence
Passado é aprendizado

Amor construído
É como uma obra de arte:
Precisa de planejamento
Estudo da forma
Pinceladas improvisadas
Cores, muitas cores
Pode ser impressionista
E deve impressionar
A quem um dia
Ousou duvidar
 


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Análise sobre o amor


Às vezes você vive anos, décadas ao lado de uma pessoa e de repente, não a reconhece. E tudo aquilo que construiu se esvai...em minutos, segundos, que seja. Um amor é algo que se constrói. E não são semanas que te fazem entender o que é o amor. Nem meses ou anos de convivência. Você pode até pensar que aquela pessoa é com quem você quer viver a sua vida inteira. Construir uma família. Uma vida intensamente feliz. 

Mas às vezes você erra e encontra a pessoa certa depois de se frustrar. E sabe que ela é certa com apenas uma hora de conversa. E nada poderá mudar. Você pode viver meses e anos, encontrar defeitos, sim, porque quem não tem? E analisar cada movimento. Sua fala, seus olhares, seu jeito de ser...e em uma hora você faz um raio-x e identifica: é a pessoa da minha vida. 

E não é  piegas. Porque no fundo no fundo, você sabe que é pura fantasia. E que vai errar. De novo. Mas quem sabe, esse erro, você não possa relevar? Porque ninguém é perfeito. E de repente, num piscar de olhos, tudo pode mudar. E você vai encontrar o verdadeiro amor. O amor "feio", cheio de defeitos mas, o seu amor.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Andei por aí

Andei por aí...o que fiz de importante? Não sei...mas andei por aí...a vida vivi e me achei. Foram tantos momentos marcantes, vivo uma vida pulsante, com emoções, vivi,  não me arrependi.... Eu aprendi a viver...

Só sei que um futuro me espera, se é lindo o caminho que trilho...não sei...errei...Mas quem não erra confessa, todo mundo erra e espera um dia ser feliz. E eu serei feliz. Eu sou feliz!?

(Dava um pagodinho, dava não? eca! :-P)

Um blog para falar

Quando pensei em criar um blog, queria publicar minhas pseudo-poesias...mas aí, me toquei de uma coisa...quase nunca escrevo...a não ser em momentos românticos, sofridos ou inspirados por motivos que nem ao mesmo consigo definir.

Então... vou escrever o que tiver afim de falar. Sem censura ou críticas. Sou perfeccionista, então sempre quero que tudo tenha aquele "uau" impossível. É, é impossível. Me toquei. Se vão gostar? Não sei. Se continuarei a escrever? Pode ser. Se tiver vontade, tempo e/ou sentimento, escreverei... É isso. Fui! 

domingo, 4 de janeiro de 2009

Amar o mar

Hoje estou feliz
E resolvi escrever
Porque como dizia o poeta
Amor é dado de graça
É semeado no vento
Amor que é amor se basta
Não precisa de métricas
Quiçá de rimas
Amor é dado de graça
E que graça tem o amor
Se o amor não encontrar
A graça que tem amar?
Amar Drummond
Amar só por amar
Porque a poesia lhe inspira
E faz sonhar
Amar o mar
E o que ele tem pra lhe dar
Gozar a vida
Simplesmente gozar.
Eu escolhi amar
E cá estou eu amando
Mais uma vez..
O mar
E seu adorável marujo...

Amor sem métricas

Que a idade seja só motivo para troca de experiências
Que o amor resplandesça e permaneça lindo
Como a mais bela flor
 
Que os desafios sejam superados
As diferenças suplantadas
E que no final de tudo
Só reste o mar
 
O mar para navegar
E que na sua infinitude
Possamos nos encontrar
 
Mais novos
Mais velhos
Não importa.
 
Se existe o amor
Eterno e lindo...
O amor que vence barreiras
Que supera obstáculos
Que num simples olhar
Diz mais do que poderíamos ousar...
 
O que nos resta senão...
Amar?
 

Tempo

Um dia o amor chegou
Devagarzinho
Inavdiu um coração
Cansado
Calejado
Um coração
Que já não sabia amar
 
Então ele chegou
Sem pedir licença
Se aproximou
Num olhar vibrante
Fez em um relance
O amor voltar
 
E ele voltou
Forte
Reluzente
Diferente
Do que ousou sonhar
 
O amor chegou
E o que fazer com ele?
Será que o amor ama?
Ou ela ama mais o amor?
E sua capacidade de amar...
Irá se revelar?
 
O tempo dirá.
 

O Sentido da Vida

Mais um dia brota. E eu acordo com ele. Com a sensação de não saber o que me espera. Vivo cada dia como se fosse único. Porque quem sabe o que vem pela frente? Posso viver até os 100 anos de idade, mas posso, em um piscar de olhos, não fazer  mais parte desse mundo louco.  E duvido que alguém, por mais são que seja, não pense a mesma coisa.

Viver é se atirar em um mar revolto, sem muita segurança ou certeza, remamos. Rumo ao finito de nossas vidas. Impomos metas, sonhos, quereres às vezes impossíveis. O ser humano é um sonhador. Cheio de erros, acertos, falhas e sucessos. Não sabemos o que queremos ser, nem muito menos para quem e por que devemos ser. Sonhamos encontrar um dia alguém que compartilhará nossas esperanças conosco. As esperanças de uma vida que um dia se acabará.

Toda mulher sonha em ter filhos, gerar no ventre um ser único. Com seu jeito, sua boca, seus olhos, seus cabelos...Alguém que dará sentido ao sentido que é viver. Alguém que nos acordará, completamente dependente de alimento que o faça continuar a viver. E vive. E cresce. E resplandesce. E surge lindo, com as mesmas dúvidas. Viver!  Para quê? Por que estar aqui? Deve cumprir metas ou simplesmente deixar acontecer?

Todo pai sonha para o filho um futuro brilhante, com sucesso pessoal e profissional. Sonha que seus filhos um dia terão filhos e que deles brote a semente do querer ser. Porque sempre queremos para os nossos filhos algo que não conquistamos. Que eles cumpram um destino almejado por ambos. Pai e mãe. Ídolos até o fim da vida. Que sim, um dia termina.

E por que estamos aqui? Qual o verdadeiro sentido da vida? Entre encontros e desencontros nos conformamos. Porque estamos aqui e não temos como fugir. O objetivo é desconhecido, mas vivemos. Vivemos para nos conformar. Saber que um dia iremos encontrar algo para nos confortar. Seja um belo desempenho no trabalho, uma família constituída, filhos que brincam no jardim e um dia se tornarão seres questionadores. Vivemos e aprendemos. A ser.

Porque temos que ser. E somos. Sabe-se lá o que.